Filmes que eu vi

E enquanto toda a gente fala do Cisne Negro, eu falo do 72 horas (se calhar falo do Cisne Negro quando o vir). Não é um filme brilhante, tem até algumas falhas, demora um bocado a desenrolar e esperava, por exemplo, algo mais do papel da menina do Dr. House. Contudo, é um filme que nos toca, que nos emociona, que nos faz reflectir acerca daquilo que somos capazes perante situações limite. Gostei que não se tivesse focado a atenção na questão inocente ou culpada e assim nos levassem, simplesmente, a torcer pelo amor entre os dois. E agora já deve haver uns quantos a pensar "yah, filme de gajas, ainda bem que avisas que já não vou ver", mas não se deixem enganar, o filme é porreiro, tem acção e tudo! O plano de fuga é genial, a forma de arranjar dinheiro também (o gajo tem tomates, digo-vos já) e o desespero, misturado com coragem, estampado na cara do Russell Crowe o tempo todo é coisa para fazer chorar as pedras da calçada. E houve quem chorasse, que eu bem vi. Mas eu não. Aguentei firme. Pelo menos até chegar casa, apagar a luz e rever tudo na minha cabeça.