sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

E não é que estou de férias e não sabia! Cansada, muito cansada de ter de lidar com tanta incompetência junta. Um dia a paciência esgota... E já faltou mais. Muito mais.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Aos senhores do Instituto Camões blablablá antigo IPAD

Hoje bati com o carro da minha mãe, o primeiro acidente da minha história. Não foi bonito, mas estou bem, obrigada, só um bocado assustada. Andar a rodar de rail em rail não é pa meninos. O carro precisa de uma ótica, um farolim, um pisca, uma luz de marcha atrás e talvez pintura. E é só para avisar que assim que estiver pronto tratarei de lhes enviar a fatura. Porquê? Porque se já estivesse em Timor, como era suposto, esta merda não tinha acontecido, meus cabrões!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Cheguei!

Já cheguei há uma semana e três dias, mas estive tão ocupada (a por o sono em dia) que nem tive tempo de cá vir. O Natal foi bom, cheguei a casa eram 20h e qualquer coisa, jantei e adormeci pouco depois. No dia seguinte a mesma coisa. Nos dias seguintes igual. Jet lag, fuck you!

A passagem d´ano foi melhor, tomei um café a seguir ao jantar e depois da volta habitual que ele me dá ao intestino, saí e cheguei às 5h da manhã. Valeu a pena, portanto.

Gostava de dizer coisas bonitas sobre 2012 e falar esperançosa sobre 2013, mas a verdade é que 2012 foi uma bosta tão grande que me deixou completamente descrente que 2013 possa ser melhor. 

De qualquer das formas, um feliz 2013 para vocezes todos!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

Querido Pai Natal,

Só para avisar que este ano estou disponível para receber relógios (giros!), uma depiladora que arranque pelos como quem passa uma gillette (indolor e eficaz, portanto), perfumes, uma pasta para o portátil, uma consulta no oftalmologista e os respetivos óculos (que os meus ficaram no avião da Qatar), uma consulta no dentista (só check up desta vez), cremes da clinique (sistema de 3 passos para peles oleosas e um novo que vi há dias para poros dilatados), pijamas fresquinhos e adequados a uma mulher de respeito que tem de dividir casa com homens (:P) e roupa fresca, a que quiseres que eu gosto de quase tudo (desde que não tenha estampados manhosos, que eu não sou muito dessas modernices). Calçado não preciso, obrigada. Tendo em conta que este foi um ano difícil, muito difícil, aproveito também para pedir o Euromilhões, se não for possível, peço então que a renovação de contrato deste ano seja mais eficaz e célere que a do ano passado, e que eu tenha emprego logo a partir de janeiro. Fevereiro, vá.

sábado, 8 de dezembro de 2012

É chato, é difícil, é cansativo, mas depois também é isto:


... e a gente derrete-se.

Cara colega de profissão,

não leve a mal o que lhe vou pedir, mas somos todos professores e há coisas que, sendo eu de português, me mexem especialmente com os nervos. Assim, e antes que algo de pior aconteça, peço-lhe: dá para, por favor, não voltar dizer à minha frente a palavra que utiliza com frequência e que por mais voltas que dê à cabeça não percebo como é capaz de a proferir sem que lhe toque uma campaínha no cérebro - "contradizeu-se"? A sério, insisto que não me leve mal, mas sabe como é... eu sou uma pessoa doente dos nervos e como já referi anteriormente, eu tenho uma catana, e nestas situações fico com muita, mesmo muita vontade de a usar.

Cordialmente,
Sissi

sábado, 1 de dezembro de 2012

A refazer-me do choque de ouvir um dos funcionários cá de casa, que foi guerrilheiro, contar que esteve 25 anos nas montanhas (quase toda a minha existência), perdeu lá 5 irmãos, os pais e mais alguns familiares e amigos. Para se alimentar comia folhas das árvores e muitas vezes passou mais de uma semana sem comer. Foi capturado pela milícia indonésia três vezes, de todas as vezes foi espancado e torturado, depois solto. O único objetivo que tinha depois de solto era juntar dinheiro, roupa e munições para voltar a fugir para a montanha e ajudar o seu povo. Nunca o meu nome me serviu tão bem: estou mirradinha, mirradinha.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Quem se esqueceu de Timor?

Sou professora, dou aulas a pessoas entre os 25 e 50 anos, professores também. Grande parte deles vive na montanha, anda cerca de 1:30h/ 2h para frequentar o curso. Sim, a pé, de chinelos. Eu queixo-me porque preciso de 2h de carro para fazer 40km, eles precisam desse mesmo tempo, a pé e não vêm do mesmo sítio que eu.

Quando chove quase fico sem voz - os telhados das escolas são em zinco, o barulho da chuva é ensurdecedor e só com berros alguém me ouve. Quem se esqueceu de Timor?

Ontem um formando esqueceu-se do trabalho de casa. Estranhei e insisti que me explicasse o porquê. Mostrou-me as folhas, envergonhado, sujas e comidas pela chuva que o apanhou no caminho para casa. Como podia não as aceitar?  Raios, quem se esqueceu de Timor?

Hoje um aluno com mais de 60 anos apareceu no curso pela primeira vez. Andou 2h para lá chegar e ainda tremia de cansaço quando falava comigo. Ninguém o avisou que o curso não é para maiores de 50 anos. Fez a viagem para nada... Puta que pariu, quem se esqueceu de Timor?

Excecionalmente, dou 8h de aula por dia. Levo sandes ou saladas para almoçar e assim aguentar o resto do dia fora de casa. Os meus alunos não comem. Passam fome até à noite. Foda-se, não há ninguém que se lembre de Timor?

terça-feira, 27 de novembro de 2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sobrevivi!

Eu disse que eram 2h para lá chegar? Esqueci-me de dizer que com chuva são 3! E tens razão, mana Ana, o caminho não é assim MUUUUITO mau, é só muito mau. Embora o mesmo não se possa dizer com chuva... Até o Sr. Xisto dizia "Graças a deus, nosso senhor", de cada vez que chegávamos a "terra firme". Medo. Muito medo.