A refazer-me do choque de ouvir um dos funcionários cá de casa, que foi guerrilheiro, contar que esteve 25 anos nas montanhas (quase toda a minha existência), perdeu lá 5 irmãos, os pais e mais alguns familiares e amigos. Para se alimentar comia folhas das árvores e muitas vezes passou mais de uma semana sem comer. Foi capturado pela milícia indonésia três vezes, de todas as vezes foi espancado e torturado, depois solto. O único objetivo que tinha depois de solto era juntar dinheiro, roupa e munições para voltar a fugir para a montanha e ajudar o seu povo. Nunca o meu nome me serviu tão bem: estou mirradinha, mirradinha.
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