Díli, 17 mar (Lusa) - O representante da União Europeia em Timor-Leste, Juan Carlos Rey, disse hoje à agência Lusa que as eleições presidenciais no país decorreram com um sentido cívico "admirável" e com "sentido democrático.
http://presidenciais.sapo.tl/2012/noticias/lusa/artigo/13999451.html
Bem sei que o pior, a vir, virá depois dos resultados. Mas isto já é um bom prenúncio. Estou muito contente!
2006 já lá vai, ó, ó!
Terra queimada O major Oliveira também integrou o primeiro contingente do subagrupamento Bravo que saiu de Lisboa em Fevereiro de 2000. O comandante do Grupo de Intervenção de Ordem Pública (GIOP) da GNR ficou até 2002, quando acabou a missão nas Nações Unidas. E regressou em Maio de 2006, através de um pedido directo do governo timorense para fazer frente a uma situação de emergência. A retirada das Nações Unidas depois da independência não tinha sido bem organizada.
A 28 de Abril de 2006 estalaram confrontos entre as Forças de Defesa de Timor-Leste e a polícia timorense, na sequência de conflitos entre grupos de timorenses de loromonu (dos distritos ocidentais) e de lorosae (do leste). Carros incendiados, janelas partidas à pedrada, polícias feridos à catanada. Mortos, casas queimadas. Timor-Leste estava do avesso, mais longe de ser um país. A independência podia perder.
O cabo Morais, o major Oliveira e outros militares da GNR aterraram em Baucau e foram recebidos em êxtase por uma multidão à espera de ser salva. “Foi a maior enchente que vi até hoje. As pessoas vinham com ramos de flores. Parecíamos deuses. Tiveram noção que éramos a única força que os podia ajudar”, recorda o cabo, entroncado e de poupa no cabelo, que traz já cinco experiências de missões em Timor e uma no Iraque.
Em Díli encontraram corpos, cinzas, o cheiro a terra queimada. Só em duas casas ainda resistia o telhado: o palácio do presidente e a embaixada da Austrália. Os edifícios que não ruíram totalmente ficaram torcidos com o calor dos fogos: era impossível renovar apenas o telhado, tinha de se reconstruir tudo de raiz. Grande parte dos timorenses tinha voltado a refugiar-se nas montanhas. Os que ficaram na cidade dormiam nos campos de refugiados ou no meio da estrada para aproveitar o calor do alcatrão. Mais de 170 mil pessoas (cerca de 17% dos habitantes do país) ficaram sem casa. A cidade era um enorme dormitório de desalojados.
http://www.ionline.pt/mundo/gnr-timor-ultima-missao-parafazer-nascer-pais
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